Aula de português

A linguagem na ponta língua,
tão fácil de falar e de entender.

A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
(...)
O português são dois; o outro, mistério.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Análise do conto " O enfermeiro" de Machado de Assis

Tendo por base o conto “O enfermeiro” do autor Machado de Assis podemos perceber que o mesmo é narrado em primeira pessoa, tendo a casa como o ambiente principal. O conto acontece em alguns meses e narra a história de Procopio, um enfermeiro inteligente e muito paciente que foi trabalhar na casa do coronel Felisberto, um velho rabugento, doente e na beira da morte.
A história nos relata a vida de Procópio, que trabalha muito tempo para o coronel, mostrando-se bastante paciente e consegue a simpatia do velho. Mas a sua vida se complica quando o coronel fica muito doente, e o periodo de paz e harmonia acaba, fazendo assim o doente revelar seu genio e tratar rispidamente o enfermeiro.
Procopio esgota sua paciencia, principalmente quando o velho acorda a noite e passa por uma crise de nervos, fazendo assim o enfermeiro esganá-lo. Depois, arrependido do que fez tenta desfazer, mas o velho já estava morto, entao o assassino tenta esconder o ocorrido para que pensem que foi morte natural. Ao ler o conto, nós, leitores ficamos curiosos para saber o que acontece depois, qual seria o destino do enfermeiro, se iriam descobrir que ele havia matado o coronel.
Vale ainda dizer que depois do ocorrido, Procopio sai impune e descobre que é o herdeiro universal do velho rabugento, que afinal de contas gostava dele. Ele, com remosso, dá a metade do seu dinheiro aos pobres, e é até elogiado por aturar o coronel por tanto tempo. Esses elogios fizeram com que ele aliviasse sua culpa e apesar de tudo que fez, ser tratado como o heroi da história.
Desse modo, somos levados a dizer que o conto nos mostra uma realidade de hoje em dia, que o dinheiro está sendo o remédio para tudo, pois Procópio encontrou na herança do coronel o refúgio pra se esquecer de tudo que fez ao velho.

Alunas: Graciele, Isabela M., Geralda Thais e Raiane 2° "C" Matutino

4 comentários:

  1. Ele não deu metade de tudo aos pobres...

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  2. Meu anjo, vc não entendeu. Essa é a história visível. A verdadeira história é que Procópio matou premeditadamente o patrão, mas como é ele quem narra tenta mudar a cena. Mas deixa lapsos, como por exemplo: como Procópio sabia como o velho tratara o tabelião? Estava ele presente quando o velho fez o testamento ou ouvindo por detrás da porta? A tigela com o mingau frio, estava realmente fria, pois o Procópio não se queimou. O esquecimento do horário do remédio foi proposital. Isso tudo fez com que o velho se irritasse e partisse para cima dele. Tudo muito calculado.

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  3. Realmente esta análise está muito superficial, não mostrando a real intenção de Machado de Assis que é retratar o homem egoísta, corrompido pelo dinheiro e preso pelas forças malignas, o personagem principal que narra á historia, pois o conto e narrado em primeira pessoa, omite a veracidade dos fatos, assim no decorrer da narrativa deixando " fios soltos" e assim buscando manipular o leitor a entrar no jogo dele e passar a acreditar em sua versão, além disso as dúvidas que permeiam a narrativa é um elemento que o autor utiliza para fazer com quer o leitor seja co-participante do texto completando-o, e como todo conto Machadiano ele deixar na mão do leitor de julgar e decidir a história fato que se dar na fala do personagem " perdoe-me o que lhe parecer mau". Agora cabe a cada leitor ser crítico e observar o texto que se ler.

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  4. Estou fazendo uma análise semelhante!

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